sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O bailado do poema

Foto: Juan Medina
Atravesso paredes
mais que fantasma ando
transparente

mágoas assolam meus olhos
viro cascata
choro
esse lençol que me habita

turvo com areias
ciscos levanto ao ar
sopro
terrores para longe
angústias assassinas

rebroto somente
espalho-me pelas margens
papel meu esse
mudo ribanceiras de lugar
abraço os peixes

/ sinto no leve bailado do poema a força
concernente ao suspiro
Esperança /

traço essas más linhas
um chá de mato-raro
feito para apaziguar sangrias

desatada sou
não me ponham amarras
grito feito louco em crise aguda 
Alardeio ais interiores

Joice Furtado - 28/12/2012

1 comentários:

poeticaria-ensaiodaspalavras disse...

fabulosa dança!!!

Beijimm, amora!!!