sexta-feira, 5 de outubro de 2012

As raízes do verso


Foto: Cris Dellorco
Das raízes Verso
profundidades da terra 
ConVersos de quimera
sou
águia
subindo alto e à distância
enxergo os males
e a melodia
canto

um som triste na minha fala
angustiado grito
ecoa nesta sala
cozinha, mesa de jantar, cama
corredores por onde passo
jardim no qual passeiam emproados
bem-te-vi e sabiá

Das raízes Verso
profundidades da terra
no meio da mata reverbera
o Lírio também Orquídea
nascem no seio meu
ânimo

do branco canto
desprovido do arrepio
preencho meus vazios exacerbados
não sou mais tonto
nem pássaro
aproprio-me de mim
a
i
(n)da
que seja apropriação indébita
os juros serão cobrados
pagar-los-ei sim
com todo o prazer

aHora me resta
expresso:
+sobras não me serão dadas!-
ou aceitas desde então

Das raízes Verso
coração
diLemas
todos têm
dentro da profundidade
quem a conhece, entende

Orvalho meus sorrisos
começo um novo dia
bebo dos líquidos etéreos
espalho ramos ao sol
+persisto

Joice Furtado - 03/10/2012

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