Foto: Anja Papenfus
uma dentada na saudade
roda a engrenagem
do mel o sabor
mordida que sulca
abrupta
quando em Tempo
re-vira o Amor
a rara fruta
desfruto de ti
em todos pensamentos
por cada momento
parto chego amasso
os lençóis dos ares
sentimentos
mãos para cima
rendida a rima
entrego-te
o banquete dos versos
dispersos em vapores
perfumando o ambiente
eu em ti, a linha
entre versos Urgentes!
assim, configura-te tão sublime...
... Amor fruta emergente
céu no doce calor
me apalpa com tuas rimas
me acarinha com teu canto
tua leitura, minha borda, envergadura
os lençóis testemunham
os travesseiros se aplumam
no dia
mais um sonho
nos dedos
mais que sonho
desejo
no desejo
mais que pulsão
a verdade
como negar que te amo?
como negar que salivo?
como negar que a poesia aninha
rego as flores
descortino a janela
entre a luz do sol
nessas entranhas
assim me estranha? Não!
Amo!
... a poesia que nos coabita
Poema escrito a quatro mãos por Carmen Silvia Presotto e Joice Furtado. Mais um para compor a série de poemas Ventrelinhas. A foto representa Ferônia, nome feminino, Deusa grega das fontes e dos bosques.
20/08/2012
2 comentários:
Delicia de texto...muito envolvente!
Bjs e parabéns!
Que estarmos neste tempo tecendo, costurando, escrevendo versos ao nosso tempo.
Beijos, Joice!
carmen.
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