Foto: Visioluxus
Dia dos despertares
dói-me o peito
a alma constrange-se
arrepio de palavra-poesia
chora, pestaneja, levanta
a poeira e joga para cima
Muda ou não muda
há sempre uma tendência
ao caminho em questão
mudado o ritmo de jeito
contragosto, contra-tudo
entreponho-me nos vãos
levanto a muralha e grito
Estou viva!
Não me rendo
modelo meus sonhos-irmãos
cúmplices do meu afeto
e sigo
seguir é o destino do rio
aquele que para, torna-se turvo
enquanto eu, transparente vou
Joice Furtado - 06/08/2012
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