segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Despertares

Foto: Visioluxus

Dia dos despertares

dói-me o peito 
a alma constrange-se
arrepio de palavra-poesia
chora, pestaneja, levanta
a poeira e joga para cima
Muda ou não muda
há sempre uma tendência
ao caminho em questão
mudado o ritmo de jeito
contragosto, contra-tudo
entreponho-me nos vãos
levanto a muralha e grito

Estou viva!
Não me rendo 

modelo meus sonhos-irmãos
cúmplices do meu afeto
e sigo

seguir é o destino do rio
aquele que para, torna-se turvo 
enquanto eu, transparente vou

Joice Furtado - 06/08/2012

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