terça-feira, 28 de agosto de 2012

Após a chuva

Imagem: Alfredas Jurevicius
A chuva passou
a terra seca
e eu?
continuo corrente

dá-me tua mão
só(r)rio

entre frases destinos
Fases
um mais a mais
somamos Sós

dá-me tua mão
só(não)lamente
amores perdidos

as barrancas deslizam
turvam-se olhos
cheiro de terra
e folhas secas

garganta que jamais repousa
engole a seco a lama
constrói tijolos 

queimando o nó
pulsos partidos
trilha aberta na mente

em ti estão as profundezas
abis(m)ado 
onde asas recrio e me levanta

desperta
aperta-me junto

A chuva passou
sus(t)enidos
desta falta 
por tempos etéreos

dá-me tua mão
acenda só(l) em mim
Solstícios não mais
des(perto)
ao teu lado quero
sempre amar o amor
meu anel(o)

firme no dedo-alma
infinita neste coração
Joice Furtado - 28/08/2012

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