Nix veio a este encontro
levanta ao crepúsculo
o seio cadente no tronco
queimante o músculo
dama de estrelas, estreias
caminha nas penumbras
entre espasmos da atmosfera
em gozo de quimera
dança com astros irreverentes
um olhar prudente
filha de Caos e Terra
envolta em fios translúcidos
vapores escuros
a noite o mundo embrulha
esperando o clarão
do dia novo por chegar
contempla os olhos febris
não há mais gentis
que apreciem teu olhar
vêm e voltam
desfazem-se no pó
das horas tediosas
com pouco ou nada sem pensar
nos teus mistérios e segredos
choram e rangem os dentes
pérfidos medos
carregam e dizem em ti ocultar
o que obscuro está somente em si
as pragas que carregam
são o bastante para cobrir o céu
apagar a lua com eclipse
esses chistes malquistos
arriscam-se por migalhas
desprezando o infinito
negros monumentos tão bonitos
os olhos de Nix
faltam-te os poetas, negros vultos
perambulando à luz de velas
pensamentos noturnos
negras candeias
iluminam amada libélula
Joice Furtado - 24/08/2012
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