domingo, 22 de julho de 2012

Em todas as épocas


Olhos de Lua
[brilhante vem raiando
tiram meu juízo

passado, presente, futuro
olhos do destino
eclip(s)es onde me prendo
papéis e mais papéis sonhados
intercepto e os levo ao peito
deito-vislumbro o infinito

desperto
espreguiçando-me ainda
nos lençóis da cama
à beira de mim

Olhos de amor

são luzes, farol
guia-eterno mensageiro
ao que ama
em todas as épocas

centelhas, faíscas
Notícias Boas
borboletas no estômago
e esse olhar-Oceano
barco e proa
remo, vela e m(a)stro
tudo o mais, em tudo
e para além dos horizontes
Amo!

Incida na calmaria da noite
em cada um dos pensamentos
por todas as fases que passo
atravessem-me as horas, dias e anos
um raio luminoso, estratosférico
sou seu manto-celeste
aconchegue-me bem junto(perto)
adentro-lhe
Nua

Joice Furtado- 22/07/2012

ROMEU — Oh, falou! Fala de novo, anjo brilhante, porque és tão glorioso para esta noite, sobre a minha fronte, como o emissário alado das alturas ser poderia para os olhos brancos e revirados dos mortais atônitos, que, para vê-lo, se reviram, quando montado passa nas ociosas nuvens e veleja no seio do ar sereno.
[William Shakespeare]