C
a
i
a tarde
enquanto
aTr
(A)
ves-
-so
a faixa de (pÉ)destres
olho para o céu
imaginando besteiras
desse
sapato maldito
aperta o pé e o calcanhar
esfo(l-a-d-o
entupido de esparadrapo
bege
as formigas atÔmicas dessa cidade
poderia explodir em mil pedacinhos estruturais
os quais não têm
cômica_Mente
penso
devo ser ainda normal
quero fugir de tal parecer
Med(í)ocre
adiante avisto um maluco-
atento
enrolando um cigarro de palha
ou sei lá que porra é aquela
compenetrado
palavra bonita quis dizer
aquele bagulho
de estar sentado no viaduto
olhando a folhinha cor de papel de pão
pior VIaduto que começa e termina
no mesmo lado do rio
e o frio
sopra a fumaça para amenizar
próximo da casa
ali onde tem o mata-burro
interiores risos
com asneiras demais Menos-mal(vad(i)a)Mente
burros
quem os quer matar?
Joice Furtado - 26/06/2012
Dos olhares vadios ou As obsessões quotidianas
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