O quarto quente respira
feromônios em lençóis suados
erguem-se nuvens sensoriais
atravessam controverso cenário
A luminária torta é só um detalhe
Escrachado no-puro
talvez usassem as palavras certas
impregnadas por incertezas trêmulas
Nada mais
Ecoa o prédio
do silêncio ao tumulto
não há mortos nesse templo
fundidos afogados vultos
Agitando as malhas proliferam
trovões
aí vem a tempestade
aspergindo euforia, vasos carnais
Bocas e assoalhos
chocam-se os átomos
arrepios e talhos no caminho
coloridos de esmalte vermelho
raios e pressões
estridentes extenuados
diversos gargalos e bebidas
O secreto nem tanto vale
quando se vale, quanto,
da terra da fantasia
Joice Furtado - 16/05/2012
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