Tarde chuvosa, despedi-me do livro
intensa, olhei-o como a um irmão, amigo
adeus ressentido, esse que dói no peito
Deveras quis levá-lo de volta
carregá-lo comigo, embalá-lo nos braços
fazer seus os meus segredos e os dele
todos já bem enternecidos
Da prateleira empoeirada, companheiros
saudavam-lhe o regresso ao lar mortal
pois quê imortais são suas palavras
estampadas, tingidas em cores não vistas
reluzentes dançam, vivas há no plano astral
Ao olhar a minha volta
um último adeus ao meu amigo
sorrindo compassivo ainda me disse:
Vá em paz, estarei contigo!
Ao terminar de ler o livro Espelhos da Alma - Kahlil Gibran
Joice Furtado - 15/05/2012
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