segunda-feira, 2 de abril de 2012

Uns versos à flor




Ata-me ao teu pulso
com laços de fita, colorido
Ata-me, então caminharemos
Sempre unidos

Diga-me, ó flor, meu mistério
que nesse elo amarra-me
Diga-me, amarrando-me,
pois perco todo ego
ao olhar que me lanças
entre sorrisos, face 
emoldurada por tranças

Sigo, seguindo-te a cada passo
em prisões de loucura e prazer
redenção da mente, sentidos
interior consciente, interiorizando-te

Canção da plenitude ou engano
Tão bela, desatina sem doer
Vivo prisioneiro dela, choro
a incredulidade de não me crer

Amo, amavelmente anseio
prender-me, enlaçar-me
nesse particular caminho
minha corrente, anelo
ligar-me em ti todinho

Arrastá-la como alma penada
Deus não me livre deste ser
Ser o sol e alvorada, endeusá-la
antes e após o prazer

Prisioneiro e amante risonho
emaranhado na cintura dela
Sou braços e mãos, envólucro
de amor a única, tão bela

Flor... Flor mais bela


Joice Furtado - 02/04/2012



Quem sente não pode expressar em palavras e quem não sente, não o poderá nunca conhecer através de palavras. 
Khalil Gibran

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