sexta-feira, 20 de abril de 2012

Rola bosta



Brincar de espalha-letras
espalha merda
salpicando palavras aqui e acolá
tirando da mente todas besteiras
os males eu quero matar 
expurgá-los, transcendê-los
Atirar a queima roupa, pintando o sete
sangue vermelho, violência merdífica 
explodo a raiva 
Deterioro de vez essa insanidade
Das minhas loucuras eu sou freguês
dos outros loucos sou metade
companheiro da boemia-amizade
Embora boêmio falido, beirando o burguês

esquisito traste vestido de inseto
alado mosquito dos reles pântanos
equatoriais desses brasis

Incomodo, incomodando sou feliz
perturbo a sua mente, zunindo
com estampidos de tapas na face
aguada e molenga face onde
bradando estapeia-seu  nariz

Eu sou a morte e a vida
a quietude e a tempestade
em mim fazem guarida

Não nego o que sou
e sou tantos ao mesmo tempo
indefinido pretérito
presente infinito
eu vivaz  vivo
alucidamente 

Minha máscara de bobo-lobo
louco-assaz
cai e assim se surpreende
todo que me toma nojo
nojeiras eu também sei dizer
e pensar
pensar é o que mais faço
Tente só mais um pouco
faça-me surpreender
Surpreenda-se!

Joice Furtado - 20/04/2012

Porque você mata uma e vem outra em seu lugar... rs
Raul Seixas

0 comentários: