sábado, 28 de abril de 2012

Hospedeiro



No chão em que rasteja
platelminto das trevas 
escorrega pelas folhas 
baba cérica
faminto no seu parecer
Chato

Consome os restos de tudo
cada pequeno quinhão
das moscas e larvas mortas
aos corpos em decomposição
refestela-se

Hospede dos intestinos
metidos crescendo em ninhos
de carne e calor humano
inverte-brando rebolados
espirais espiralando recados
sujeiras despejadas em caldos
animais

Nos pés dos descalços
descasos
governantes governo
és o mordomo 
servindo aos convidados

Pestilência espalha doença
cagadas de bem armadas fugas
dinheiro vazando pela culatra
dos homens sem-conduta
urinando na sua sina
raça de cães de lauta
latrina


Cada um só serve bem ao seu propósito egoísta.


Joice Furtado - 28/04/2012


0 comentários: