sábado, 11 de fevereiro de 2012

Brado pelo amor




Deixe o amor
Abandone-o!
Quem não reconhece
a flor que germina em pedra,
a chuva que refresca o dia,
o cheiro da primavera

Deixe o amor
Desuse, 
esqueça o pronunciar
de seu nome 
Quem as multidões 
se entrega, 
reverencia a devassidão
Quem amarra, encarcera
podando um coração

Deixe o amor
Injusto!
Sempre em cima do muro
Sempre olhando o seu
Umbigo
Seu nome é dor,
vampiro de sentimentos
É seu, só seu o julgamento
Para o mal que já causou

Deixe o amor viver
Aquele que o enxerga em tudo
Quem sabe amar
A si, o próximo, toda beleza,
as simples coisas
e a natureza

O amor é para os sonhadores,
para os românticos,
complexos, prolixos
sintéticos e literais
O amor dos subversivos
Enfrenta cadeias,
quebra os grilhões
que prendem a alma,
coração dos mortais.

Joice Furtado - 11/02/2012

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