terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Vista-me


Vista-me com seus braços
Deleito-me
nesses desejos
Desperta o meu sorriso
seu corpo, seu cheiro
Mãos que deslizam
sobre meus pelos,
palavras murmuradas, escolhidas
deitadas ao ouvido,
os corpos nus, movimentos
refletidos no espelho

Vista-me, pois transbordo
de luxúria em seu peito
Entrelaçada em suas pernas
eu me amarro, embaraço,
felina,
porquanto me leva,
rendida, vou sem medo.

Visto-me de sentimento,
minha alma festeja
e me dispo, com efeito
vê o quanto quero
Abraso-me por dentro
ao ouvir os seus gemidos,
seu rosto, meus pensamentos
extrapolam, extravasam
o gozo bem-vindo.


Joice Furtado - 31/01/2012

Coberta pequena




Um beijo molhado
desses do fôlego perder
Juntos, nossa coberta
é pequena, estreita,
e demasiado faz-se
nosso querer.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Olhos rasos d'água




Teus olhos rasos d'água,
gotas de orvalho no 
alvorecer 
Tomas-me o interior 
com cada lágrima pequenina 
desse teu olhar, menina- 
Mulher de estranha sensatez 
Em ti prevalece o sentimento
incontido, mas completo, 
puro sentimento 
Desses que fazem falta 
e me completas a alma, 
transbordante que és, afinal 
Sensível coração feminino, 
reluzente e maciço 
Conservas em ti o belo, 
puro e lapidado cristal. 


Joice Furtado - 30/01/2012

domingo, 29 de janeiro de 2012

Estrelas cadentes



Suspiros
Desejos incongruentes
imprecisos, provocantes
manifestam-se sonoros,
não reticentes
suspiros
atravessam meu universo,
estrelas cadentes 
derrama dos olhos
fazendo chover
nessa terra ríspida
dilacerada de ausências
seja o canto, reverencie
esse vasto querer.

Joice Furtado - 28/01/2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

Desmedida



Sou um enamorado
coração bandido
Rebuscados termos,
eu não sei falar
Só sei sentir e dizer,
viver e amar.
Espontânea
Meus pensamentos
andam como o ermitão,
contemplativos,
argumentando desejos,
sonhos infindos
Num contínuo remoer
Fujo da selva, cidade
incrédula do falso querer
Amplos somos
Métrica para que?
Desmedida em paixão
eu quero ser.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Meu samba enredo




Beija minha boca melada
do mel da sua boca arredia
Prova a insanidade
de mulher que 
ao leve toque
estremece
de prazer nos seus dedos
Meu carnaval, samba enredo
Malandro é o meu jeito  
Desfilar você pela avenida
do corpo suado, em extâse
Fantasia permitida
Virá-lo do avesso
e, chegando o fim, recomeço
Nosso samba arrepia
Minhas plumas ao vento,
seus passos junto a mim,
requebro em harmonia,
bailando todas as notas
da escala em poesia.


Joice Furtado - 27/01/2012

O florescer do amor



Cuida o zelo,
em excesso o negrume
ávida de ter, exacerba
Nem sonho, nem lume
há como florescer
amor,
na terra do ciúme.

A flor se debruça
no jarro adornado
do falso betume
Colorido artificial
que lhe cobre
impune
Sufoca a raiz,
da terra o cheiro
do barro real.

Se lhe veem
altiva,
premeditam metê-la
no vaso do mal
Esse que mascara
toda natureza sã
A alegria fingida,
por vezes descabida
da alma vilã.

Joice Furtado - 27/01/2012

Mais que isso


Mais que isso
Ana Carolina / Chico César

Eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma música que eu gostei e botei numa fita
Eu não vou gostar de você porque você acredita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma coisa que até nem sei se precisa ser dita

Deixa de tolice, veja que eu estou aqui agora
inteiro, intenso, eterno, pronto pro momento e você cobra
Deixa de bobagem, é claro, certo e belo como eu quero
O corpo, a alma, a calma, o sonho, o gozo, a dor e agora pára

Será que é tão difícil aceitar o amor como é
E deixar que ele vá e nos leve pra todo lugar
Como aqui

Será melhor deixar essa nuvem passar
E você vai saber de onde vim, aonde vou
E que eu estou aqui

Fonte: Vagalume


O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

Versando


Seus versos
cartas de vida,
arrojadas
Universo
Canção do interior,
longínqua ilha
em que imagina
um mundo para si
Mundo sem endereços
sem mágoas ou recomeços
mundo de alegrias, enfim.


Joice Furtado - 27/01/2012

Deitar sonhos



Fonte dos meus desejos
água clara, cristalina
Quantas vezes eu menina
quis em suas águas deitar
Sonhos
Versos de amor 
Palavras sem métrica, só rima
desse irremediável apaixonar
Hoje mulher, daquela um quê 
no coração, ainda 
Questões e fantasias
saltam na corrente 
em busca do grande mar.


Joice Furtado - 27/01/2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O tudo



Noite de devaneio,
névoa densa,
desassossego
Sinto o cheiro
pelos, seu corpo
em meu seio
Sua boca
saliva
molhando minha língua
Nossos eus
O tudo
que já não é e,
o que sempre
valeu.

Joice Furtado - 26/01/2012

Obs.: O "tudo" aqui significa Amor.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O homem nu


Nu,
De costas, sexo e ancas
expostas
Sentimentos, emoções,
desejos ardentes
sob a cama 
O homem que ama
se entrega
Nu,
sem delongas.


A visão mais deliciosa que existe é ver o homem que agente ama nuzinho sobre a cama (ou onde puder ver). De frente, de costas, de lado, rs, eu adoro essa visão!!!!

Nem santa, nem menina




Em ousadas peças,
você me fez atuar
Mulher de delícias,
submete e fascina,
pelas esquinas, cada olhar
No teatro do meu coração
Você, minha colombina,
nem santa, nem menina
Na estreita cama 
Sussurra palavras obscenas
junto ao meu nome,
incendiada, mas vazia.

Abraçado ao travesseiro
mil loucuras já pensei
mergulhado em minha mente
já tão seduzida,
viajo em desejos
à procura dos seus beijos,
da sua boca ser refém

Minha princesa florescente
de quimeras infindas
Permaneço no ar, suspenso, 
a sonhar com sua vinda.

Romeu tropical



Ai que enlouqueço,
desejo ver-lhe
vertendo desejo
Minha pele em tremores
suores frios por você.

Quisera ser eu 
a Julieta dos seus sonhos,
meu fetiche
Sua cor morena
sob os lençóis de seda
Um Romeu tropical
Pernas fortes, pelos,
aroma do mar e do sal
Meu moreno faceiro
pele abrasada, cor do cacau

Faz dos meus sonhos ,
delírios
O meu travesseiro um amigo
A cama,  imaginação
Fantasiando essa história eu vou
rabiscando versos
desse tresloucado amor
Romantismo
não comparado ao dos poetas
que, por ele, morriam,
pois de amor eu não morro
Eu o quero, eu o vivo.


♫ Sere Nere - Tiziano Ferro


É bom dar valor a quem amamos enquanto temos essa pessoa ao nosso lado Ter a humildade de, após uma  discussão, dizer: Amor, perdoe-me! Afinal, não há duas oportunidades na vida de "VIVER", então aproveite para amar e cuidar bem do seu amor enquanto ele está presente ao seu lado. 

Arco-íris no chuveiro



Pela janela,
através da fresta pequenina,
um raio de sol veio brindar
o final da tarde linda
Pela fresta da janela,
próximo ao chuveiro,
aquela luz pequenina,
teimosa decidiu entrar
Coisa surpreendente, 
bem ali na minha frente,
respingos se transformaram
em cores dançando no ar
Fagulhas vivas saltavam,
coloridas, ondulantes
reflexões
de um arco-íris mirim
Ainda que aventurada
com a bela visão,
imaginei se haveria
aquele pote em seu fim
Contudo, interpondo-se a
minha questão,
ele veio sorrindo e disse:
Não tenho dinheiro,
mas rico sou
Foi a sua contemplação
pueril que me trouxe aqui
Disse, bem baixinho,
o doce arco-íris mirim.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fazer-te bem



O desejo de um beijo,
A primeira mentira...
É assim que eu te vejo.
Se é vidro ou safira?
É saber que não almejo.
Com tudo isso, fui além
E desejei te fazer bem.

Trecho do poema "Carta a um ex-amor" - Ítalo Cunha
Blog: Ociosofias


Vestido colante



Vadiar
Essa noite ela quer
vadiar
De vestido colante,
sapatos salto agulha,
ela caminha pelas ruas,
exuberante, 
ancas libidinosas
num constante balançar
Feitiço de dama da noite,
pernas esguias,
sua anca balança
E que requebrar!
Da rua o frison,
como música num tom,
preciso, ela sabe andar.
Mulher de dias corridos,
noites púrpuras de néon
Por hoje não a espere, vadia também,
pois ela vai vadiar.

Coração boêmio



Na penumbra do quarto
eu enxergo
em seus olhos poesia,
sua voz uma canção
Paixão que me asperge
o vinho mais caro
extasiante, sacia
meu boêmio coração.


Nua, em intima satisfação
agrada-me vê-la, linda
Contemplar suas curvas
seus movimentos e contrações
selados em minha retina.


Minha mulher,
beba, pois lhe entrego
dos meus dedos
o labor
delírio que provoca em mim
prova do gozo o sabor.


Lânguida relaxa
tal qual a  flor
ao findar do dia
Amada, preciso sentir,
hoje, mais uma vez
o quanto você é minha.

Gozo



Olhamo-nos um ao outro,
meu corpo em seu corpo
A mais perfeita feição
de palmas, pele, sexos
Nada mais há nesse instante
a não ser o som de nós amantes
das entranhas em fricção
O coração que dispara,
a boca balbucia
sussurrados gemidos
Seu olhar que brilha
buscando de toda forma
acompanhar o meu ritmo
Tomada de desejo,
repentina,
dobra-se em espasmo
prazerosa silhueta feminina
em êxtase de sensação
Seu gozo em meu membro
comprimindo-o em seu sexo,
deslumbra-me os sentidos
Minhas estucadas ainda
vaidosa recebe
Sedutora visão
Que as veias enfurece
Almejando possuí-la, incessante
despejo em seu corpo
do sêmen que jorra
do pênis ainda ereto e,
por vezes, latejante.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Tudo tem um propósito


Se o sofrimento não servir de aprendizado pra vida, então não adiantou de nada. 
Sábias palavras de um grande amigo.



Agente só sofre porque quer, porque muitas vezes buscamos esse sofrimento, preferindo ir por caminhos que nossos corações alertam para não ir, mas vamos, vamos porque somos teimosos, porque achamos que somos "os super-homens", "mulheres-maravilha". Então, quando vimos que não dá certo, nosso egoísmo interior nos diz: a culpa é do outro, a culpa é dele que me fez sofrer. Pense bem, será que você já não sabia que iria sofrer mas teimou em continuar? Nossa vida é feita de escolhas. Se ficarmos analisando se isso ou aquilo nos trará sofrimento, deixaremos de viver. Contudo, existem os caminhos que são os tais "caminhos de morte", desses devemos mesmo fugir, esses certamente nos levam a mais que sofrimento, a sofrimento físico, mental, familiar e até a morte. Não devemos fugir dos sofrimentos comuns, eles fazem parte da vida. Eles acontecem, mas sempre podemos escolher se queremos permanecer sofrendo. 

bjusss da Jojo

O teu sorriso


E teu sorriso afasta os tormentos e as dúvidas.
La Differenza Tra Me e Te - Tiziano Ferro

Fonte: Terra

Censura é a opressora burrice





A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia


Burguesia - Cazuza


Rastros


Nossos rastros de amor,
minha decoração favorita
No sofá da sala, 
chão do quarto ou cozinha

Traços de nós, urgência
de tesão e paixão infinita
Penetrando sua pele 
seus lábios, vagina

Sulcando os dedos 
na terra de costas esguias
Pesca em meu peito, querida
a luz dos ardentes desejos 

Delibero ser o trabalhador
roçar com as mãos os seus pelos
o negrume onde a púbis sedia

Deitar sua relva
com as palmas bem abertas
Arrancar do seu corpo o tremor
de mulher que de todo se entrega.


O banho



Percorre a estrada do corpo,
sinuosa e formosa visão
No banho o erotismo floresce
ao simples toque das mãos

Atmosfera de vapor caloroso
embaçando os diversos espelhos
Suas mãos circulantes deslizam, 
suaves, afagando os seios

Prossegue a intimista jornada
espumas bailando na pele,
 água viva em recreio

beija a cintura, 
coxas, barriga
Diva deslumbrante, 
sigo a lhe admirar 

esses sinuosos caminhos
fantástica maravilha,
Jardim Suspenso para mim
Cheia de vida, natureza superior
eterniza em meu coração
grandiosa dádiva do amor.

Invasivo



Sorve, sorve meu desejo,
meus líquidos íntimos,
corpóreos e sublimes
dos lábios fronteiros 
O lugar do prazer
Sorve com vontade,
com a boca recolhe
o que pertence a você.
Aos seus dedos invasivos,
sua língua extravasando
a excitação do meu ser
Dou-lhe minhas dádivas,
de bandeja eu entrego,
beba tudo sem pressa,
o que lhe vim oferecer.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Fumaça barata




Não me prendo a nada que me defina.
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.
Clarice Lispector



Amor agente não pede,
não impõe a presença
Amor é prazer de estar
na companhia do outro
Sentir falta em sua ausência
Fora isso não é amor;
é passatempo, faz de conta
Nada de brilho, nada de cor
É mistura indefinida
Da espessa fumaça, o torpor.

Eu me ofereço a trégua



Tinjo meu corpo, pele,
coração,
com as cores que contém
a paleta da imensidão
Sentimentos multicoloridos,
multifacetados, multiformes,
alegres e feridos
Em tempos de guerra,
eu me ofereço
a contínua trégua
Quando tudo é cinza,
eu recorro às cores,
e exalto a beleza
que existe na vida,
rechaçando de todo
a desprezível feição.

Flor de fogo



"minha inspiração é extremamente sexual." 
Frase do texto da Flô


Flor de fogo
que me queima a pele,
a alma esturrica
De novo e de novo
Com seu toque macio,
seus pelos roçando meu corpo
Peitos de pêssego rosado,
entranhas que umedecem
ao leve toque ousado
É a magnitude,
suas pétalas molhadas
ao contato dos corpos
Respira a frescura
do sexual orvalho 
Flor de luxúria,
espalha o mel desse gozo
em minha boca que espera
o seu desejado pouso
Provar-lhe com a vontade
que me deixa em desassossego
Tire de mim essa angústia
Flor, lance desses espinhos,
cravando-me as unhas,
pois por você me encontro
em tão tresloucadas fúrias.

Os insetos interiores


Foto: Blog Enigmas Escolhidos



A Metamorfose ou Os Insetos Interiores
Fernando Anitelli


Notas de um observador:

Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.

A futilidade encarrega se de "mais tralos'.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.

Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, "infértebrados".
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se


A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.

Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.

O Teatro Mágico
Composição: Fernando Anitelli

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Prazer da vida


“Você está vivo. Esse é o seu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho.” 
Cazuza 

♥ 

Quero o sentimento,
na total entrega crer
Sem reservas expressar
Sorrir, chorar, plenamente
Gozar da vida o prazer,
de tal modo que daqui
se levando algo, que seja
a imensa alegria,
dias claros não somente,
também a noite em que ria
Ser a chama que incendeia,
Esquenta e não se esfria
Tudo que puder desfrutar
Do sexo a magnitude,
sensações, fantasias
Do amor a compreensão
Indivíduo em crescimento
que destila lágrimas, que sofre
Vivente almejando eterna ser, 
ao menos no coração.

O mesquinho



Ai do tolo fingidor
que mascara os sentimentos
Vive de aparências
e exalta o sofrimento
Esconde-se no profundo,
sombrio mar da ilusão
Entre mentiras permanece
edificando a solidão
Como pedra, duro é
e maquina a maldade
Por onde passa 
causa mágoa, 
semeia infelicidade
Pobre, pobre de espírito
Há de um dia aprender:
tudo que é belo 
criado foi a fim de florescer
Se lhe abafa a emoção
delibera morrer aos poucos
o seu próprio coração.

Eu não gosto de gente ruim, gente que não pensa nos sentimentos alheios e só deseja o bem próprio. Eu sou feita de amor. Acredito que o amor do qual fui feita é um presente e deve ser compartilhado. Um sorriso, um abraço, uma palavra de carinho, gratidão, incentivo. Todas essas pequenas coisas boas que damos a alguém se tornam algo grandioso perante o Universo e voltam para nós. Eu acredito nisso.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mulher gato


Glamorosa felina 
Gata que ronrona,
tirana, ao pé do ouvido
Seus olhos brilhantes ofuscam,
pelos de veludo macio
Independente ela sai
pelas ruas, atraindo
todo olhar atrevido
Pelas calçadas rebola, exagera
Só ela me deixa no cio
Gata de tamanha beleza,
a natureza coube-lhe prestigiar,
sob o céu seus brilhantes olhos
fascinam até mais que o luar.


Uma vez um rapaz me perguntou dentro de um fliperama. Você é a mulher gato? kkkkkkkkkkk
Eu ri e disse: não, pq? Ele me respondeu}: Você parece com uma que tinha aqui. Uma que fazia Cosplay. Aaa, acharam que era outra coisa. rs. Até hoje eu não sei se isso foi uma cantada. Se fosse hoje em dia eu ia além, não sou, mas eu tbm mio, miauuuuuuuuuu! #bandida

O amor



Eu não sou um ser errante
Pertenço a mim,
mas me compartilho com você.


Frenético e lascivo



Roça tua pele na minha
que essa noite é desejo
Vira-lata de rua
sem horário, nem pejo
Roça tua boca na minha,
tão frenético e lascivo
Lábios que me levam
a provar do paraíso
Teu corpo em meu corpo que sua
o perfume fatal da líbido

Com constância  permanece,
o prazer se anuncia
Percorre pescoço,
barriga, nuca e peitos,
ousada língua macia
Segura em mim
com firmeza, mas jeito
Para na cintura
Levanta, abaixa
um tão sensual enredo
Meus cabelos enrolados
entrelaçados nos dedos
Fêmea nua, presa bastante arredia
domada assim eu arquejo
Entrego-te do mel,
dos mais íntimos segredos.
Roça em mim, roça
num ritmo preciso
Levanta-me do chão
e me carregue ao infinito.

Néctar



Se me quebram, eu refaço
dos meus cacos poesia
Noites em que a tristeza consome,
faltando-me um corpo
nessa cama vazia
Noites de solidão,
essas em que nado
em tão severa calmaria
a qual me enerva,
destrói
Não sou feita pra comodismos
Há em mim um quê de anarquia
Sou o fogo que consome
a palha e não se esfria
Interessa-me o desejo,
menos que isso é ilusão
Tudo e um pouco mais
para acalmar meu coração
Já completa que sou,
não procuro estrela guia,
nem alma gêmea, nem outra ser
Quero de todo amar, sentir a vida
as gotas doces
do néctar beber.

Vem comigo
enquanto há tempo, querer
O meu coração teima
Vem comigo
pois já é tarde
para de nós retroceder.

Flor de maracujá



Chega mais pra cá
meu dengo
e me dá um cheiro
Que eu me enfeito toda
como a flor do maracujá
Só por causa do seu beijo
do seu corpo, seu falar
Encosta sua pele na minha,
neguinho
que eu lhe mostro 
nessa noite linda
festa nesse quarto haverá.


Quanto tempo não vejo uma flor dessas. 

Agradecimento



Amigos blogueiros e navegantes que por aqui aportam. Fico muito feliz com suas visitas e comentários. Eu, que passeio diariamente por essa blogosfera, rs, leio e me inspiro, justamente, em palavras doces, carinhosamente escritas, nos seus blogs. Muito obrigada. 


Bjuss da Jojo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Poeta



Se de todo poeta eu não for, 
resta-me no peito, palavras de amor. 
Palavras em movimento
de toques, pernas, beijos
Palavras de sedução
Delícias da pele, mordidas, desejo
provocações ao extremo.
Eterno ardor 
de corpos que se buscam,
de mentes, fantasias
Se de todo eu não for poeta
que me valha de consolação
a tez que na madrugada toco
Habitar seu coração
Sua língua roçando na minha
Prazer que me eriça os pelos,
ser sua mocinha vadia,
em termos
Vadiando vamos
nós dois amantes, doentes, 
doentes que somos,
totalmente enfermos
de um no outro, somente,
fundirmo-nos.

Joice Furtado

Amando



O amor pode ser fogo
O céu ou a perdição
Diante dele só cabe a escolha
que fará o coração.

Incontido amor



Meus versos,
esses que recito,
frutos do coração,
dias e noites 
de sonho contido
Incontidas distâncias,
lágrimas e sorrisos
São versos de amor
que entregue fora
mas, por vezes,
mal recebido
Amor de ventania,
fúria arrasta consigo,
tornando as ondas bravas,
porém ainda é amor,
sinceramente vivido
Puro e leal,
coisa exótica nesses dias
em que dele se apropriam,
transformando o que é belo
em banalidade, hipocrisia!


A onda ainda quebra na praia. Espumas se misturam com o vento...
O último pôr-do-sol - Lenine

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Completamente nua


As estrelas me encontram antes de anoitecer...
Música: Nua - Ana Carolina


Vou bater na sua porta, de noite, completamente nua. rsrs. Por mais que digam que essa música parece atitude de mulher desesperada, eu sempre imagino como deve ser essa cena tão sensual.

Vamos dançar


"Quanto mais alto voamos, menores parecemos àqueles que não voam". 
Friedrich Wilhelm Nietzsche